terça-feira, 9 de junho de 2009

Namastê

"O Deus que há em mim saúda o Deus que há em ti".



Namastê queridos terráquios,iniciá-se aqui uma nova e longa viagem em torno do mundo das artes e conhecimentos diversos que nos favorecem como artistas - viajantes capazes de mergulhar em atmosferas de profundidade qualquer, e transmitir uma linguagem tanto conscientecomo inconsciente, afim de estimular as emoções e idéias de diversos espectadores.

Focando na forma de arte mais cultuada mundialmente, a tatuagem foi o meio usado pelo homem para conseguir demonstrar para aos outros animais, quem ele era. Pois ao se deparar com seu corpo nú e sem pêlos diante de animais de outras espécies, que apresentavam penas multicoloridas e escamas brilhantes, decidiu se tornar diferente.

Diz a lenda, que o pobre homem para deixar a pele reluzente ao sol,esfregou madrepérola. Para a tinta vermelha usou uma mistura de urucum e gordura, e com um pincel feito de lascas de madeira fez desenhos pelo corpo. Este homem pensou e temeu que tudo aquilo se transformasse em um borrão só, então com uma espinha de peixe começou a introduzir a tinta sob a pele.

Este a nossa direita, é o nosso velho amigo Otzi,o homem de gelo. É o primeiro homem tatuado que se tem notícia, viveu há apenas 5200 anos. Foi encontrado na região dos Alpes e traz cinquenta marcas de tatuagem , todas nas costas e atrás dos joelhos.
Dados históricos nos indicam que o corpo de 2500 anos de um guerreiro dos Citas, foi encontrado onde hoje é a Sibéria, uma região da Rússia e parte do norte do Kazaquistão. Tem tatuado carneiros e ovelhas nos braços, no peito, costas e pernas.
Como hoje, homens tatuados das Ilhas Marquesas, na Polinésia - Os tuhuma patu tiki, desenhavam a carvão antes de introduzir o instrumento na pele.

Desde a pré-história corpos tatuados são encontrados, nos dando evidência de uma das primeiras manifestações e forma de comunicação hominal. Sempre desempenhando uma ação natural de memória, cultura, identidade, beleza e ideologia a tattoo modifica ao passar dos tempos e varia de cultura para cultura. Mas isso é assunto para uma próxima viagem...


"Os maiores artistas da pintura corporal, os índios Kadiwéus, contam que, no príncipio, a pele dos animais e as plumas dos passáros eram brancas. Até que alguns resolveram se banhar num lago ondxarro e a da cinza os que buscaram o calor dos fogões apagados. Verdes, os que esfregaram seus corpos nas folhagens. E os brancos os que ficaram quietos."
EDUARDO GALEANO, Em memória do fogo I


Penso, que os homens nao resistiram a tais tentações expressivas feitas a cores.


Aayubowan.









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